
Frederick Forsyth, autor de O Dia do Chacal, Cães de guerra e O Dossiê Odessa, morreu na manhã desta segunda-feira (9/6), aos 86 anos. A informação partiu de representantes da agência editorial The Curtis Brown e foi confirmada pela rede televisiva britânica Sky News.
Segundo a empresa literária, Forsyth morreu em casa, cercado pela família, devido a complicações de uma doença súbita. "Lamentamos a morte de um dos maiores escritores de suspense do mundo", afirmou o agente de Forsyth, Jonathan Lloyd.
O escritor inglês produziu mais de 25 livros — obras com mais de 75 milhões de cópias vendidas no mundo, de acordo com Lloyd. Foi em 1971 que Forsyth alcançou a fama mundial, com a publicação de O Dia do Chacal. A história do assassino profissional foi adaptada para o cinema em 1973 e, mais recentemente, virou uma série de televisão protagonizada por Eddie Redmayne e Lashana Lynch, disponível na Disney+.
Antes de atuar na literatura, Forsyth serviu a Força Aérea Real Britânica (RAF) como um dos pilotos mais jovens da história. Na área jornalística, o escritor também trabalhou como correspondente estrangeiro em Biafra, na Nigéria. Poliglota, ele falava alemão, inglês, francês e russo.
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"Horrorizado com o que viu e usando sua experiência durante um período como agente do serviço secreto, ele escreveu seu primeiro — e talvez mais famoso — romance, O dia do Chacal, tornando-se instantaneamente um autor best-seller mundial", acrescentou o agente literário.
Em suas obras, romances documentados nos quais mercenários, espiões e vilões se enfrentam em vertiginosos jogos de poder, o britânico usou a própria vida como inspiração. Foi em 1969 que ele pensou em escrever livros. Então, com 30 anos, tinha acabado de voltar de Biafra, onde cobriu para a BBC a guerra civil no sudeste da Nigéria (1967-70), desencadeada pela proclamação de independência da República de Biafra.