
Após o governo dos Estados Unidos confirmar o aumento da alíquota do aço importado pelo país, de 25% para 50%, os produtores brasileiros reagiram com preocupação à medida, que já havia sido adiantada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na semana ada.
Em nota, o Instituto Aço Brasil destacou que deve haver um agravamento do cenário global do setor no que chamou de intensificação de “práticas protecionistas” por parte dos norte-americanos. Vale destacar que os EUA foram os segundos maiores compradores do aço brasileiro em 2024, com 3,4 milhões de toneladas de placas importadas.
“Os dados evidenciam que a demanda por esse insumo não será suprida internamente de forma imediata, tornando a imposição de tarifas adicionais prejudicial, tanto para exportadores brasileiros quanto para setores industriais norte-americanos”, considera a entidade.
O mesmo instituto já havia se posicionado com tom de preocupação ante o anúncio da alíquota de 25% no último mês de março. Com a tarifa dobrada, a entidade mantém a defesa no restabelecimento do acordo bilateral de 2018, firmado ainda no primeiro governo de Donald Trump, que permitiu a exportação de aço brasileiros aos EUA sem a adoção de tarifas adicionais, mas por meio de cotas.
A nota ainda reafirma a disposição do setor em contribuir com as negociações e pela melhoria no ambiente do comércio internacional. “Seguimos confiantes de que, por meio do diálogo e da cooperação entre os governos, será possível encontrar soluções que fortaleçam as relações e beneficiem as cadeias produtivas dos dois países”, conclui.
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