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Com mais de 40 anos de profiss&atilde;o, permanece em sala de aula at&eacute; hoje, com seis turmas do ensino m&eacute;dio. Por onde a encontra alunos para os quais lecionou e j&aacute; houve at&eacute; quem disparasse: "Professor, o senhor deu aula para o meu av&ocirc;".</p> <p class="texto">Nascido em Mar&iacute;lia (SP), Toshio &eacute; filho de imigrantes japoneses. O pai, Itiro Nakamura, era da cidade de Wakayama Ken e morreu aos 101 anos. A m&atilde;e, Fumiko, era de T&oacute;quio e viveu at&eacute; os 71 anos. Os dois migraram para o Brasil ainda na adolesc&ecirc;ncia, e se conheceram em S&atilde;o Paulo, onde tiveram oito filhos.&nbsp;</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong> <a href="/cidades-df/2025/06/7161589-autoridades-do-df-reagem-a-alerta-emitido-por-embaixada-dos-eua.html">Autoridades do DF reagem a alerta emitido por Embaixada dos EUA</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2025/03/7086752-aldo-paviani-a-historia-do-professor-desbravador-de-brasilia.html" target="_blank">Aldo Paviani: a hist&oacute;ria do professor desbravador de Bras&iacute;lia</a></li> </ul> <p class="texto">Dona Fumiko "puxava a orelha" dos sete por conta das atividades escolares, como lembra Toshio. "Minha m&atilde;e sempre deu muito valor aos estudos", conta. Quando chegava a vez dele, no entanto, a surpresa era outra: todas as tarefas estavam conclu&iacute;das e o menino tinha ido al&eacute;m do solicitado. "Ela tinha que, &agrave;s vezes, mandar parar de estudar. Era uma coisa curiosa", diverte-se. "Eu n&atilde;o queria ser o aluno intermedi&aacute;rio. Sempre quis ser, se n&atilde;o o primeiro, pelo menos o segundo lugar."</p> <p class="texto">"Eu era o aluno, o menino, o filho diferente. Estudava sem que ningu&eacute;m me mandasse. Gostava mesmo de estudar. Desde pequeno eu gostava, principalmente, de matem&aacute;tica e f&iacute;sica. S&oacute; para voc&ecirc; ter uma ideia, quando come&ccedil;avam as aulas eu j&aacute; tinha estudado toda a matem&aacute;tica e a f&iacute;sica sozinho, nas f&eacute;rias", relembra. Apesar de falar japon&ecirc;s, nunca esteve no pa&iacute;s de origem dos pais.</p> <p class="texto"> <div class="galeria-cb"> <amp-carousel class="carousel1" layout="fixed-height" height="300" type="slides"> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/14/mj1405_32-52001916.jpg?20250519184337" class="contain" layout="fill" alt=" 14/05/2025. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Toshio Nakamura professor de matemática e diretor do colégio Galois. Coluna nossos mestres." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Minervino Júnior/CB/D.A.Press - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/14/mj1405_35-52001922.jpg?20250519184337" class="contain" layout="fill" alt=" 14/05/2025. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Toshio Nakamura professor de matemática e diretor do colégio Galois. Coluna nossos mestres." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Minervino Júnior/CB/D.A.Press - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/14/mj1405_36-52001924.jpg?20250519184337" class="contain" layout="fill" alt=" 14/05/2025. Crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF. Toshio Nakamura professor de matemática e diretor do colégio Galois. 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Coluna nossos mestres." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Minervino Júnior/CB/D.A.Press - <b></b> </figcaption> </div> </amp-carousel> </div></p> <h3>Voca&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Desde o ensino m&eacute;dio, Toshio notava uma voca&ccedil;&atilde;o para o ensino. &Agrave; &eacute;poca, n&atilde;o s&oacute; a matem&aacute;tica, mas outras disciplinas que dominava entravam no repert&oacute;rio de temas que ele ajudava os colegas a desvendar. "Fiquei com aquilo na cabe&ccedil;a: 'Eu vou ser professor'", sonhava. A fam&iacute;lia n&atilde;o colocou f&eacute; na escolha, achou que o retorno financeiro da carreira n&atilde;o seria bom.&nbsp;</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/01/6776314-inspiracao-e-empatia-em-sala-de-aula.html">Professor transforma aulas de matem&aacute;tica em momentos de inspira&ccedil;&atilde;o</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2025/01/7026048-legado-para-a-educacao-conheca-a-trajetoria-da-professora-janaina-almeida.html" target="_blank">Legado para a educa&ccedil;&atilde;o: conhe&ccedil;a a trajet&oacute;ria da professora Jana&iacute;na Almeida</a></li> </ul> <p class="texto">Toshio conta que, em sua &eacute;poca de estudante, tr&ecirc;s cursos eram valorizados. "Um aluno que era dos melhores da escola, como era o meu caso, em geral tinha tr&ecirc;s caminhos a seguir: ou ia para medicina, ou ia para engenharia, ou ia para o direito", afirma. Ele cedeu &agrave; press&atilde;o familiar e ou nas primeiras coloca&ccedil;&otilde;es do vestibular, para o curso de engenharia el&eacute;trica da Universidade de&nbsp;Campinas (Unicamp), em 1977.</p> <p class="texto">"Quando cursei os dois primeiros anos, eu achei uma maravilha, porque basicamente era matem&aacute;tica e f&iacute;sica, e alguma coisa de qu&iacute;mica. Ent&atilde;o, achei o curso muito bom. Mas quando entrei no 5&ordm; semestre, percebi que n&atilde;o era aquilo que eu queria", relata. Nesse momento, notou que precisava seguir seu desejo e decidiu trocar de curso. "Larguei a engenharia el&eacute;trica e, na universidade mesmo, ei a fazer matem&aacute;tica."</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong>&nbsp;<a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/11/6987496-professor-inova-para-desconstruir-o-medo-da-matematica.html">Mago dos n&uacute;meros: professor inova para desconstruir o medo da matem&aacute;tica</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m: </strong><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/12/7005383-historia-e-cultura-afro-brasileira-professor-do-df-se-destaca.html" target="_blank">Hist&oacute;ria e cultura afro-brasileira: professor do DF se destaca</a></li> </ul> <p class="texto">Depois de formado, ou um per&iacute;odo em Goi&acirc;nia, na casa de um dos irm&atilde;os, dono de uma rede de supermercados na capital. Foi quando amigos do irm&atilde;o pediu que Toshio desse aulas particulares de refor&ccedil;o para seus filhos. "Os alunos gostavam tanto que se espalhou na cidade a not&iacute;cia de que havia um professor maravilhoso. E a&iacute;, de repente, eu estava com uns 30 alunos particulares", relata.</p> <p class="texto">Logo veio o convite para dar aulas em um dos col&eacute;gios particulares da capital de Goi&aacute;s. N&atilde;o demorou tamb&eacute;m para que uma nova proposta de emprego encontrasse o c&eacute;lebre professor: era um convite da dire&ccedil;&atilde;o do Objetivo de Bras&iacute;lia. A escola precisava de um docente de matem&aacute;tica para substituir um profissional que havia se mudado para S&atilde;o Paulo. O ano era 1982 e a moeda vigente, o cruzeiro.</p> <p class="texto">Apesar da infla&ccedil;&atilde;o galopante, o sal&aacute;rio oferecido era alt&iacute;ssimo: algo em torno de Cr$ 1,4 milh&atilde;o. "S&oacute; para voc&ecirc; ter uma ideia, o meu sal&aacute;rio dava para comprar um carro na &eacute;poca. Imagina, eu com 20 e poucos anos, ganhando um sal&aacute;rio que hoje seria, portanto, uns R$ 100 mil", indaga.</p> <p class="texto"> <div class="galeria-cb"> <amp-carousel class="carousel1" layout="fixed-height" height="300" type="slides"> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/29/toshio_filhos-52944773.jpeg?20250529121137" class="contain" layout="fill" alt="Toshio Nakamura, diretor do Galois, com os filhos" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/29/toshio_pai-52944779.jpeg?20250529121138" class="contain" layout="fill" alt="Toshio Nakamura, diretor do Galois, com o pai, na celebração dos 100 anos dele" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/29/toshio_inicio-52944786.jpeg?20250529121138" class="contain" layout="fill" alt="Toshio Nakamura, diretor do Galois, no início da escola" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b></b> </figcaption> </div> <amp-embed width=100 height=100 type=taboola layout=responsive data-publisher='diariosassociados-correiobraziliense' data-mode='thumbnails-a-photogallery' data-placement='taboola-widget-0-photo-gallery AMP' data-target_type='mix' data-article='auto' data-url=''> </amp-embed> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/29/whatsapp_image_2025_05_28_at_16_12_54-52944795.jpeg?20250529121138" class="contain" layout="fill" alt="Toshio Nakamura, diretor do Galois" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Fotos: Arquivo pessoal - <b></b> </figcaption> </div> </amp-carousel> </div></p> <h3>O sucesso veio</h3> <p class="texto">A fam&iacute;lia respirou aliviada com a not&iacute;cia de que o jovem Toshio tinha boa fama e ganhava um &oacute;timo sal&aacute;rio na capital da Rep&uacute;blica. Pouco depois, o coordenador de Matem&aacute;tica do col&eacute;gio deixou o cargo para fundar o Sigma, e o rec&eacute;m-contratado Toshio foi o escolhido para ocupar a vaga. Foram 13 anos de trabalho no Objetivo, mas o sonho de criar o pr&oacute;prio col&eacute;gio o moveu para um novo desafio.</p> <p class="texto">O Galois come&ccedil;ou como um cursinho de matem&aacute;tica, na 702 Sul, em 1996, fruto da parceria entre Toshio, Dulcineia Marques e Angel Prieto. No primeiro semestre, 400 alunos se matricularam, com foco principalmente na aprova&ccedil;&atilde;o em vestibulares de medicina. S&oacute; na Universidade de Bras&iacute;lia (UnB), 29 das 30 vagas dispon&iacute;veis no vestibular de julho de 1998 foram preenchidas por estudantes do cursinho. Aos poucos, a pedido dos alunos, o n&uacute;mero de disciplinas ofertadas no pr&eacute;-vestibular foi aumentando, primeiro com as exatas, f&iacute;sica e qu&iacute;mica.&nbsp;</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong>&nbsp;<a href="/mundo/2025/06/7162077-detalhes-da-megaoperacao-da-ucrania-que-destruiu-41-avioes-russos.html">Os detalhes da megaopera&ccedil;&atilde;o da Ucr&acirc;nia que destruiu 41 avi&otilde;es russos</a></li> </ul> <p class="texto">aram-se os anos e chegou o momento de tornar o cursinho uma escola. "N&oacute;s abrimos com oito turmas de 1&ordm; ano, quatro de 2&ordm; e seis de 3&ordm;, al&eacute;m de nove turmas de cursinho de manh&atilde; e oito &agrave; tarde", conta Toshio sobre a inaugura&ccedil;&atilde;o, em 2000, do col&eacute;gio. "Comecei a convidar os melhores professores da cidade, e montamos uma super equipe", afirma. "Foi uma coisa que mexeu com a cidade."</p> <h3>Aprendizado constante</h3> <p class="texto">A paix&atilde;o pela matem&aacute;tica n&atilde;o cessou. At&eacute; hoje, o professor d&aacute; aulas, em seis turmas no total, atividade que acumula com o cargo de dire&ccedil;&atilde;o. "Muitos dos professores de matem&aacute;tica acabaram se tornando professores por influ&ecirc;ncia minha", orgulha-se. H&aacute; alguns meses, foi jantar em um de seus restaurantes favoritos na Asa Sul e surpreendeu-se ao encontrar em quase todas as mesas nos dois andares ex-alunos seus.</p> <p class="texto"><a href="/webstories/2025/04/7121170-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html">/webstories/2025/04/7121170-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html</a></p> <p class="texto">Toshio &eacute; talvez um professor do estilo "velha guarda". N&atilde;o seguiu a tend&ecirc;ncia dos cursinhos, de levar mais descontra&ccedil;&atilde;o e brincadeiras para a sala de aula. Acredita, portanto, que &eacute; a habilidade para fazer o estudante entender a matem&aacute;tica o grande trunfo da sua maneira de lecionar.</p> <p class="texto">O talento foi reconhecido, inclusive, por vota&ccedil;&atilde;o popular. Quando dava aulas no Objetivo, as turmas chegavam a ter 300 alunos, o que somava um universo de 5 mil discentes na escola. A r&aacute;dio Transam&eacute;rica promoveu uma pesquisa com os alunos de Bras&iacute;lia perguntando quem era o melhor professor de ensino m&eacute;dio da cidade. "Ganhei com 70 e poucos por cento dos votos. Eu nem sabia que tinha tido essa pesquisa, a&iacute; a Transam&eacute;rica me chamou (para uma entrevista)", destaca, ainda surpreso.</p> <p class="texto">"O segredo do aluno gostar ou de fazer com que o aluno preste muita aten&ccedil;&atilde;o &eacute; dar boas explica&ccedil;&otilde;es, ajud&aacute;-lo a compreender coisas que ele n&atilde;o compreendia antes. E isso talvez tenha sido a chave do meu sucesso", destaca, acrescentando que acompanhou v&aacute;rias transforma&ccedil;&otilde;es nessa trajet&oacute;ria. "Comecei a ouvir muitos alunos dizendo: 'Professor, voc&ecirc; mudou minha vida'"</p> <h3>Inspira&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Quem inspira gera&ccedil;&otilde;es de estudantes hoje tamb&eacute;m teve uma grande inspira&ccedil;&atilde;o durante o ensino m&eacute;dio. Toshio foi aluno do f&iacute;sico Nicolau Gilberto Ferraro. O professor &eacute; refer&ecirc;ncia no Brasil, autor de diversos livros de f&iacute;sica usados no ensino m&eacute;dio e em universidades. "Ele dava aula sem nenhuma brincadeira tamb&eacute;m, mas era extremamente did&aacute;tico", conta Toshio, que teve aulas com o mestre no Col&eacute;gio Objetivo de S&atilde;o Paulo.</p> <p class="texto">Apesar de d&eacute;cadas terem se ado, a desvaloriza&ccedil;&atilde;o da carreira de professor persiste. Toshio afirma ser exigente na sele&ccedil;&atilde;o e remunerar bem os profissionais que atuam na escola. "O professor que eu escolho tem de ter como objetivo realmente o de ensinar e que sempre se atualize com rela&ccedil;&atilde;o aos conte&uacute;dos e a m&eacute;todos de ensino. &Eacute; preciso acompanhar a evolu&ccedil;&atilde;o dos alunos, como eles se comportam, como melhorar isso para ter disciplina em sala de aula. E tem de ser carism&aacute;tico tamb&eacute;m", resume.</p> <p class="texto">Toshio &eacute; o autor de todo o material did&aacute;tico de matem&aacute;tica do Galois, que, em formato de apostilas, tem o conte&uacute;do atualizado e adaptado anualmente. A pandemia refor&ccedil;ou a necessidade desse processo. Ele conta que precisou reduzir o n&iacute;vel de dificuldade dos exerc&iacute;cios e conte&uacute;dos propostos, diante da queda na aprendizagem dos estudantes. "Os alunos da pandemia tiveram uma dificuldade muito grande de acompanhar. Eles n&atilde;o estudavam. Quem que tinha aula virtual e realmente prestava aten&ccedil;&atilde;o? Quase nenhum aluno", afirma o professor.</p> <h3>Futuro de desafios</h3> <p class="texto">Imerso na educa&ccedil;&atilde;o, Toshio nota uma heterogeneidade muito grande no n&iacute;vel de ensino, tanto em escolas p&uacute;blicas quanto nas particulares, um dos fatores que coloca o Brasil nas piores posi&ccedil;&otilde;es em rankings internacionais de aprendizagem. Outro desafio da atualidade para o professor &eacute; lidar com quest&otilde;es relacionadas ao respeito &agrave; diversidade, como racismo e lgbtfobia, que se expressam no ambiente escolar por meio do bullying.&nbsp;</p> <p class="texto">As redes sociais entram nessa dif&iacute;cil equa&ccedil;&atilde;o como combust&iacute;vel, e o distanciamento dos pais que, muitas vezes, depositam na escola toda a responsabilidade pela educa&ccedil;&atilde;o e disciplina dos filhos, s&oacute; agrava a situa&ccedil;&atilde;o. "Veja s&oacute;, o pai fala assim: 'Eu n&atilde;o dou conta do meu filho'. E o professor, com 40 em sala de aula, vai dar conta para os pais? N&atilde;o tenho jeito, eu respondo."</p> <p class="texto">Hoje, Toshio &eacute; pai de quatro filhos, um deles, Pedro, tamb&eacute;m se formou em matem&aacute;tica e leciona no Galois, onde &eacute; conhecido como Naka. Al&eacute;m da dedica&ccedil;&atilde;o ao col&eacute;gio que fundou, mant&eacute;m as artes pl&aacute;sticas como hobby, e at&eacute; vendeu um de seus quadros a um colecionador.</p> <p class="texto">Para os estudantes da nova gera&ccedil;&atilde;o, ele deixa uma mensagem objetiva: "Falo para os meus alunos que ningu&eacute;m se arrepende por ter estudado. A pessoa pode se arrepender por n&atilde;o ter estudado, mas dificilmente algu&eacute;m vai se arrepender de ter estudado ou de ter estudado demais".</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2025/05/7159914-provas-do-enade-serao-mais-rigorosas-em-2025-para-direito-e-istracao.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/29/675x450/1_dsc_0488__1_-52978825.jpg?20250529203254" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Provas do Enade serão mais rigorosas em 2025 para direito e istração</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/cultura/2025/05/7159436-escritora-lanca-livro-dedicado-a-bebes-e-criancas-de-ate-3-anos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/29/675x450/1_img_0106-52956686.jpg?20250529141508" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cultura</strong> <span>Escritora lança livro dedicado a bebês e crianças de até 3 anos</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2025/05/7158944-enem-2025-isencao-de-taxa-nao-garante-inscricao-automatica.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2025/05/28/675x450/1_d9f21047_e2fd_4ced_b3cd_74621c257c24-52922710.png?20250528185145" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Enem 2025: isenção de taxa não garante inscrição automática</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-profissional/2025/05/7158547-evento-gratuito-debate-papel-do-empreendedorismo-no-combate-a-pobreza.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/28/whatsapp_image_2025_05_28_at_14_30_21-52900653.jpeg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação profissional</strong> <span>Evento gratuito debate papel do empreendedorismo no combate à pobreza</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2025/05/7157909-servidores-tecnicos-da-unb-protestam-em-frente-ao-palacio-do-planalto.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/27/27052025ea_49-52841403.jpg?20250527193110" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Servidores técnicos da UnB protestam em frente ao Palácio do Planalto </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/concursos/2025/05/7157652-tribunal-de-justica-do-parana-abre-concurso-com-salario-de-ate-rs-95-mil.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/18/fachada_sede_tjpr_1024x667-34392814.jpg?20250527154906" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Concursos</strong> <span>Tribunal de Justiça do Paraná abre concurso com salário de até R$ 9,5 mil</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/14/675x450/1_mj1405_01-52001704.jpg?20250601154324?20250601154324", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Mariana Niederauer" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 566o40

Eu, Estudante 1k1q6m

NOSSOS MESTRES

Conheça Toshio Nakamura, referência no ensino da matemática em Brasília 2y1y13

Fundador de um dos mais conhecidos colégios de Brasília, Toshio Nakamura formou gerações de estudantes. A paixão pela matemática se reflete em vocação para ensinar a disciplina 6y74y

Referência no ensino da matemática em Brasília, o professor Toshio Nakamura, 67 anos, coleciona sucessos na carreira e tem no currículo gerações de estudantes formados. Com mais de 40 anos de profissão, permanece em sala de aula até hoje, com seis turmas do ensino médio. Por onde a encontra alunos para os quais lecionou e já houve até quem disparasse: "Professor, o senhor deu aula para o meu avô".

Nascido em Marília (SP), Toshio é filho de imigrantes japoneses. O pai, Itiro Nakamura, era da cidade de Wakayama Ken e morreu aos 101 anos. A mãe, Fumiko, era de Tóquio e viveu até os 71 anos. Os dois migraram para o Brasil ainda na adolescência, e se conheceram em São Paulo, onde tiveram oito filhos. 

Dona Fumiko "puxava a orelha" dos sete por conta das atividades escolares, como lembra Toshio. "Minha mãe sempre deu muito valor aos estudos", conta. Quando chegava a vez dele, no entanto, a surpresa era outra: todas as tarefas estavam concluídas e o menino tinha ido além do solicitado. "Ela tinha que, às vezes, mandar parar de estudar. Era uma coisa curiosa", diverte-se. "Eu não queria ser o aluno intermediário. Sempre quis ser, se não o primeiro, pelo menos o segundo lugar."

"Eu era o aluno, o menino, o filho diferente. Estudava sem que ninguém me mandasse. Gostava mesmo de estudar. Desde pequeno eu gostava, principalmente, de matemática e física. Só para você ter uma ideia, quando começavam as aulas eu já tinha estudado toda a matemática e a física sozinho, nas férias", relembra. Apesar de falar japonês, nunca esteve no país de origem dos pais.

Minervino Júnior/CB/D.A.Press -
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Vocação 435y3a

Desde o ensino médio, Toshio notava uma vocação para o ensino. À época, não só a matemática, mas outras disciplinas que dominava entravam no repertório de temas que ele ajudava os colegas a desvendar. "Fiquei com aquilo na cabeça: 'Eu vou ser professor'", sonhava. A família não colocou fé na escolha, achou que o retorno financeiro da carreira não seria bom. 

Toshio conta que, em sua época de estudante, três cursos eram valorizados. "Um aluno que era dos melhores da escola, como era o meu caso, em geral tinha três caminhos a seguir: ou ia para medicina, ou ia para engenharia, ou ia para o direito", afirma. Ele cedeu à pressão familiar e ou nas primeiras colocações do vestibular, para o curso de engenharia elétrica da Universidade de Campinas (Unicamp), em 1977.

"Quando cursei os dois primeiros anos, eu achei uma maravilha, porque basicamente era matemática e física, e alguma coisa de química. Então, achei o curso muito bom. Mas quando entrei no 5º semestre, percebi que não era aquilo que eu queria", relata. Nesse momento, notou que precisava seguir seu desejo e decidiu trocar de curso. "Larguei a engenharia elétrica e, na universidade mesmo, ei a fazer matemática."

Depois de formado, ou um período em Goiânia, na casa de um dos irmãos, dono de uma rede de supermercados na capital. Foi quando amigos do irmão pediu que Toshio desse aulas particulares de reforço para seus filhos. "Os alunos gostavam tanto que se espalhou na cidade a notícia de que havia um professor maravilhoso. E aí, de repente, eu estava com uns 30 alunos particulares", relata.

Logo veio o convite para dar aulas em um dos colégios particulares da capital de Goiás. Não demorou também para que uma nova proposta de emprego encontrasse o célebre professor: era um convite da direção do Objetivo de Brasília. A escola precisava de um docente de matemática para substituir um profissional que havia se mudado para São Paulo. O ano era 1982 e a moeda vigente, o cruzeiro.

Apesar da inflação galopante, o salário oferecido era altíssimo: algo em torno de Cr$ 1,4 milhão. "Só para você ter uma ideia, o meu salário dava para comprar um carro na época. Imagina, eu com 20 e poucos anos, ganhando um salário que hoje seria, portanto, uns R$ 100 mil", indaga.

Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -
Arquivo pessoal -
Fotos: Arquivo pessoal -

O sucesso veio 4l4c59

A família respirou aliviada com a notícia de que o jovem Toshio tinha boa fama e ganhava um ótimo salário na capital da República. Pouco depois, o coordenador de Matemática do colégio deixou o cargo para fundar o Sigma, e o recém-contratado Toshio foi o escolhido para ocupar a vaga. Foram 13 anos de trabalho no Objetivo, mas o sonho de criar o próprio colégio o moveu para um novo desafio.

O Galois começou como um cursinho de matemática, na 702 Sul, em 1996, fruto da parceria entre Toshio, Dulcineia Marques e Angel Prieto. No primeiro semestre, 400 alunos se matricularam, com foco principalmente na aprovação em vestibulares de medicina. Só na Universidade de Brasília (UnB), 29 das 30 vagas disponíveis no vestibular de julho de 1998 foram preenchidas por estudantes do cursinho. Aos poucos, a pedido dos alunos, o número de disciplinas ofertadas no pré-vestibular foi aumentando, primeiro com as exatas, física e química. 

aram-se os anos e chegou o momento de tornar o cursinho uma escola. "Nós abrimos com oito turmas de 1º ano, quatro de 2º e seis de 3º, além de nove turmas de cursinho de manhã e oito à tarde", conta Toshio sobre a inauguração, em 2000, do colégio. "Comecei a convidar os melhores professores da cidade, e montamos uma super equipe", afirma. "Foi uma coisa que mexeu com a cidade."

Aprendizado constante 492l64

A paixão pela matemática não cessou. Até hoje, o professor dá aulas, em seis turmas no total, atividade que acumula com o cargo de direção. "Muitos dos professores de matemática acabaram se tornando professores por influência minha", orgulha-se. Há alguns meses, foi jantar em um de seus restaurantes favoritos na Asa Sul e surpreendeu-se ao encontrar em quase todas as mesas nos dois andares ex-alunos seus.

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Toshio é talvez um professor do estilo "velha guarda". Não seguiu a tendência dos cursinhos, de levar mais descontração e brincadeiras para a sala de aula. Acredita, portanto, que é a habilidade para fazer o estudante entender a matemática o grande trunfo da sua maneira de lecionar.

O talento foi reconhecido, inclusive, por votação popular. Quando dava aulas no Objetivo, as turmas chegavam a ter 300 alunos, o que somava um universo de 5 mil discentes na escola. A rádio Transamérica promoveu uma pesquisa com os alunos de Brasília perguntando quem era o melhor professor de ensino médio da cidade. "Ganhei com 70 e poucos por cento dos votos. Eu nem sabia que tinha tido essa pesquisa, aí a Transamérica me chamou (para uma entrevista)", destaca, ainda surpreso.

"O segredo do aluno gostar ou de fazer com que o aluno preste muita atenção é dar boas explicações, ajudá-lo a compreender coisas que ele não compreendia antes. E isso talvez tenha sido a chave do meu sucesso", destaca, acrescentando que acompanhou várias transformações nessa trajetória. "Comecei a ouvir muitos alunos dizendo: 'Professor, você mudou minha vida'"

Inspiração 625t6d

Quem inspira gerações de estudantes hoje também teve uma grande inspiração durante o ensino médio. Toshio foi aluno do físico Nicolau Gilberto Ferraro. O professor é referência no Brasil, autor de diversos livros de física usados no ensino médio e em universidades. "Ele dava aula sem nenhuma brincadeira também, mas era extremamente didático", conta Toshio, que teve aulas com o mestre no Colégio Objetivo de São Paulo.

Apesar de décadas terem se ado, a desvalorização da carreira de professor persiste. Toshio afirma ser exigente na seleção e remunerar bem os profissionais que atuam na escola. "O professor que eu escolho tem de ter como objetivo realmente o de ensinar e que sempre se atualize com relação aos conteúdos e a métodos de ensino. É preciso acompanhar a evolução dos alunos, como eles se comportam, como melhorar isso para ter disciplina em sala de aula. E tem de ser carismático também", resume.

Toshio é o autor de todo o material didático de matemática do Galois, que, em formato de apostilas, tem o conteúdo atualizado e adaptado anualmente. A pandemia reforçou a necessidade desse processo. Ele conta que precisou reduzir o nível de dificuldade dos exercícios e conteúdos propostos, diante da queda na aprendizagem dos estudantes. "Os alunos da pandemia tiveram uma dificuldade muito grande de acompanhar. Eles não estudavam. Quem que tinha aula virtual e realmente prestava atenção? Quase nenhum aluno", afirma o professor.

Futuro de desafios 5q2q1p

Imerso na educação, Toshio nota uma heterogeneidade muito grande no nível de ensino, tanto em escolas públicas quanto nas particulares, um dos fatores que coloca o Brasil nas piores posições em rankings internacionais de aprendizagem. Outro desafio da atualidade para o professor é lidar com questões relacionadas ao respeito à diversidade, como racismo e lgbtfobia, que se expressam no ambiente escolar por meio do bullying. 

As redes sociais entram nessa difícil equação como combustível, e o distanciamento dos pais que, muitas vezes, depositam na escola toda a responsabilidade pela educação e disciplina dos filhos, só agrava a situação. "Veja só, o pai fala assim: 'Eu não dou conta do meu filho'. E o professor, com 40 em sala de aula, vai dar conta para os pais? Não tenho jeito, eu respondo."

Hoje, Toshio é pai de quatro filhos, um deles, Pedro, também se formou em matemática e leciona no Galois, onde é conhecido como Naka. Além da dedicação ao colégio que fundou, mantém as artes plásticas como hobby, e até vendeu um de seus quadros a um colecionador.

Para os estudantes da nova geração, ele deixa uma mensagem objetiva: "Falo para os meus alunos que ninguém se arrepende por ter estudado. A pessoa pode se arrepender por não ter estudado, mas dificilmente alguém vai se arrepender de ter estudado ou de ter estudado demais".