Certos alimentos podem influenciar positivamente na libido e ser grandes aliados na estimulação sexual
Segundo a nutricionista Danielle Luz Gonçalves, coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário UNICEPLAC, a marula integra a lista de alimentos afrodisíacos
A marula (Sclerocarya birrea) é uma árvore nativa da África subsaariana, cujo fruto é amplamente conhecido por seu sabor adocicado e aroma marcante
Desde tempos ancestrais, tribos africanas utilizam a marula em rituais medicinais e afrodisíacos. 'A tradição oral africana associa o fruto à fertilidade, vitalidade e virilidade, o que contribuiu para sua fama como estimulante sexual natural', diz Danielle
Embora a literatura científica ainda careça de estudos que comprovem eficácias afrodisíacas, algumas pesquisas preliminares indicam propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e de modulação hormonal em extratos da planta, conforme a especialista
'Acredita-se que compostos bioativos da marula atuam na melhora da circulação sanguínea e na redução do estresse oxidativo, fatores que indiretamente favorecem a função sexual', explica Danielle. 'Além disso, há presença de fitoesteróis que podem modular discretamente os níveis hormonais'
O consumo do chá de marula feito da casca ou das folhas da planta ajuda, segundo a nutricionista, na digestão e na imunidade: 'Há evidências de que a planta apresenta atividade antimicrobiana, antioxidante e hepatoprotetora'
Danielle pontua que a marula in natura é riquíssima em vitamina C e antioxidantes, sendo excelente para consumo direto
O chá, por outro lado, tem um perfil fitoquímico diferente, mais voltado aos taninos e polifenóis
Já os suplementos tendem a concentrar certos compostos específicos, como extratos padronizados, podendo ter efeitos mais potentes — mas também exigem mais cautela
Desde que haja orientação adequada, Danielle diz que o chá de marula pode ser combinado com outros ingredientes afrodisíacos, como gengibre e canela
Embora geralmente segura em quantidades alimentares, a marula pode ter efeito hipotensor leve (redução da pressão arterial) e interferir em medicamentos anticoagulantes ou antiplaquetários
A nutricionista alerta que pessoas com doenças hepáticas, renais ou grávidas devem evitar o uso contínuo sem acompanhamento profissional
Conforme Danielle, o consumo diário pode ser seguro em doses moderadas — por exemplo, 1 xícara ao dia — desde que não haja contraindicação clínica
Ainda assim, ela recomenda alternar períodos de uso e pausas, como forma de evitar sobrecarga hepática e avaliar tolerância individual