Em entrevista à revista digital Breeza, o artista ressaltou como lida com o consumo de substâncias atualmente. 'Usar drogas, hoje em dia, ficou muito a momentos de extremo lazer, em festas coletivas, e de maneira bem medida', frisou.
'Eu até gostaria de ter tido outras drogas como principal fonte de inspiração ou de libertação, mas foi no álcool que eu encontrei o divertimento que depois de tornou horror', afirmou.
'Se dou um pega num baseado, eu fico muito louco durante horas. A maconha nunca poderá ser uma droga, para mim, de uso cotidiano', completou.
Atualmente no remake de 'Vale Tudo, na TV Globo, o ator revelou que sua participação no filme 'Cidade de Deus' foi essencial para refletir sobre os efeitos das drogas.
'Quando eu fui para o Cidade de Deus é que tentei me inteirar da real disso tudo, da violência real que isso causa. Assim como a consciência do que envolve esse mundo te afasta um pouco das drogas', explicou o ator.
Nascido em São Paulo, no dia 3 de janeiro de 1968, Matheus Nachtergaele é filho de belgas da classe média alta paulistana. Quando tinha apenas três meses, perdeu sua mãe, Maria Cecília, que suicidou-se. Ela era poetisa e musicista.
Em 1989, a convite de uma amiga, o ator fez um teste para a companhia do diretor teatral Antunes Filho e logo foi aprovado. Em seguida, entrou para a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (EAD USP), formando-se em 1991.
No ano seguinte, Nachtergaele fez sua estreia no teatro profissional com a peça 'Paraíso Perdido', de Sérgio Carvalho, com a companhia Teatro da Vertigem, onde ele encenou o Anjo Caído.
Esse sucesso inicial o levou à televisão, onde fez sua estreia com participações no seriado 'A Comédia da Vida Privada', da TV Globo, em 1997. Também fez sua estreia no cinema, no drama 'Anahy de las Misiones', dirigido por Sérgio Silva.
Teve seu talento reconhecido em 'O Que É Isso, Companheiro?', de Bruno Barreto, obra indicada ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Ele também esteve em outro filme presente no Oscar: o clássico drama 'Central do Brasil', dirigido por Walter Salles.
Nachtergaele adquiriu maior notoriedade na televisão apenas em 1998, quando atuou na minissérie 'Hilda Furacão', como Cintura Fina. Esse papel o rendeu seu segundo Troféu APCA, desta vez pela performance como Melhor Ator Revelação em Televisão.
O sucesso da personagem o levou a atuação como protagonista na minissérie 'O Auto da Compadecida', em 1999, baseado na obra de Ariano Suassuna, no papel de João Grilo. No ano seguinte, a obra se tornou um filme, dirigido por Guel Arraes, de enorme repercussão.
Ainda naquele ano, voltou aos cinemas, sob a direção de Walter Salles, em 'O Primeiro Dia', que se a na virada para o ano 2000. Interpretou Francisco e tornou-se o primeiro a vencer o prêmio 'Grande Otelo' de Melhor Ator, concedido pela Academia Brasileira de Cinema.
Em seguida, retornou à TV em minisséries como 'A Muralha' e 'Os Maias', mas sem largar o cinema. Mostrou, então, muita estrela ao novamente atuar em um filme indicado ao Oscar, desta vez 'Cidade de Deus' (2002), de Fernando Meirelles.
Com o enorme sucesso nos cinemas, a estreia em telenovelas veio com o cômico Pai Helinho, em 'Da Cor do Pecado' (2004), de João Emanuel Carneiro. No ano seguinte, participou do elenco da novela 'América', como o peão destrambelhado Carreirinha.
Na mesma época, o ator fez também sua estreia no cinema internacional ao atuar no drama 'Journey to the End of the Night', de Eric Eason. Além disso, estrelou a comédia 'Tapete Vermelho', de Luiz Alberto Pereira, que lhe rendeu inúmeros prêmios.
Na televisão, ele esteve nas minisséries 'Amazônia, de Galvez a Chico Mendes' e 'Queridos Amigos'. O ator também atuou no filme venezuelano 'La Virgen Negra' e esteve no elenco de obra 'Terra Vermelha', uma coprodução entre Brasil e Itália.
Como diretor, se destacou no drama 'A Festa da Menina Morta'. O filme ganhou repercussão internacional sendo exibido no Festival de Cannes, na França. Esteve em no obra 'O Bem-Amado', que mais tarde tornou-se minissérie na TV Globo.
O ator retornou às telenovelas após seis anos em 'Cordel Encantado', enquanto fez 'Febre do Rato' nos cinemas. Na sequência, emendou trabalhos como 'Serra Pelada' (filme), 'O Inventor de Sonhos' (filme) e 'Cidade de Deus - 10 Anos Depois' (documentário).
Interpretou um dos quatro filhos de Fernanda Montenegro na série 'Doce de Mãe', vencedora do Emmy Internacional. O consagrado ator também esteve no remake de 'Saramanbaia', na TV Globo, e em 'Big Jato', em nova parceria com o diretor Cláudio Assis.
Matheus protagonizou a cinebiografia Trinta, dirigida por Paulo Machline, que conta a história de vida do carnavalesco Joãosinho Trinta. Ele também estrelou a série 'Zé do Caixão', do Canal Space, ao interpretar José Mojica Marins.
Depois do monólogo 'Concerto do Desejo', produzido por ele a partir das poesias escritas pela mãe, esteve em 'Cine Holliúdy' no papel do Prefeito Olegário Maciel, e também em todas as Mulheres do Mundo' Participou do remake de 'Renascer', em 2024 e do 'Auto da compadecida 2'.
Por fim, em 2025, o ator retornou às novelas em 'Vale Tudo', refilmagem do clássico das telenovelas exibido em 1988. Ele interpreta Poliana, que na versão original foi personagem do saudoso Pedro Paulo Rangel, inseparável amigo da protagonista Raquel.