Correio Braziliense
postado em 15/06/2020 16:06

Desde então há uma pressão maior para que ele deixe a pasta. Após a fala, Weintraub foi intimado no âmbito do inquérito das fake news, que está na suprema Corte. Ao prestar depoimento, se manteve em silêncio.
Weintraub já não dispunha da simpatia dos magistrados e é considerado por parte deles como um ministro que não está a altura do cargo que ocupa. O ministro da Educação tem uma reunião prevista com Bolsonaro marcada para às 16h. A expectativa é de que o ministro da Educação possa ser o próximo a deixar a pasta na Esplanada nos próximos dias.
Manifestação
Saiba Mais
Segundo interlocutores palacianos, a saída de Weintraub é vista com um aceno de Bolsonaro para acalmar os ânimos entre os Poderes e mostrar que o presidente não endossa os ataques à Corte. Bolsonaro já pensa em nomes para uma eventual substituição de Weintraub.
Vale lembrar que nesta manhã (15/06) a ativista bolsonarista Sara Winter foi presa preventivamente pela Polícia Federal. Sara também é alvo do inquérito das fake news que e apura ameaças, ofensas e informações falsas contra os ministros da suprema Corte.
Ela lidera um grupo que apoia o presidente Bolsonaro, chamado de "300 do Brasil". Os integrantes estavam acampados, até a manhã do último sábado (13/6), na Esplanada dos Ministérios, mas foram retirados do local.
Ontem, um grupo de cerca de 20 pessoas tentou invadir as áreas restritas do Congresso Nacional, ultraando a estrutura que cercava e subindo na parte externa do prédio, onde ficam as gôndolas, próximo às cúpulas do Congresso, mas foram barrados pela Polícia Legislativa.
À noite, os integrantes do movimento voltaram a reagir e apontaram fogos de artifício para o STF e gravaram vídeos para distribuir nas redes sociais com ataques aos ministros e ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB).
Essa não foi a primeira vez que Sara e o grupo atacaram o STF ou os integrantes da Corte. Em 27 de maio, quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra a ativista por ordem de Alexandre de Moraes, ela chamou o ministro de “covarde” e o ameaçõu dizendo que descobriria tudo sobre a vida do magistrado, incluindo os lugares que ele frequenta. "Nunca mais vai ter paz na sua vida”, disse na ocasião.
Multa
O Governo do Distrito Federal (GDF) multou o ministro da Educação, Abraham Weintraub em R$ 2 mil por andar nas ruas da capital federal sem máscara de proteção. O chefe da pasta participou de manifestação junto a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, no último domingo (14/6), na Esplanada dos Ministérios, descumprindo decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB), que fechou a via para evitar aglomerações. Desde 18 de maio, sair de casa sem máscara é considerado uma infração sanitária.
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