
Aos 39 anos, Monique Alfradique poderia se acomodar em uma carreira consolidada — mas escolhe justamente o oposto. Vinte anos depois de conquistar seu primeiro papel de protagonista na novela A lua me disse, ela segue desbravando novos territórios com a mesma energia de quando subiu ao palco, ainda adolescente, como uma das paquitas da Xuxa.
"Foi uma das melhores experiências da minha vida", relembra Monique, com carinho. "ei minha adolescência trabalhando em algo que me divertia muito. Ali eu aprendi sobre palco, luz, e esse contato direto com o público que me encanta até hoje." A lembrança não é nostálgica — é combustível. A mesma curiosidade que a movia nos bastidores dos programas infantis a impulsiona agora para a apresentação de realities e para um novo desafio nas novelas.
Monique está de volta à televisão em Êta mundo melhor!, continuação da bem-sucedida Êta mundo bom. E mesmo entrando em um universo já conhecido pelo público, ela encara o momento como um recomeço. "Tem uma responsabilidade grande em dar vida a uma personagem nova nesse cenário tão familiar para o público", ite. "Eu encaro com muito respeito esse lugar. Também tem o lado da troca com o elenco que já viveu aquele universo antes, isso enriquece demais o processo. E o público, que já conhece esse cenário, vai encontrar algo novo e, ao mesmo tempo, familiar. Estou animada com essa mistura!"
Sua personagem, Tamires, é uma vilã com múltiplas camadas — "com personalidade, reviravoltas e força", como ela define. "Walcyr Carrasco escreve personagens femininas incríveis. Quando li a Tamires, soube que queria contar essa história."
A novela, diz Monique, tem esse poder de fazer parte da rotina do brasileiro, de entrar todos os dias na casa das pessoas e, de alguma forma, se tornar parte da vida delas. "Isso me encanta", ela confessa. A leveza, o humor e a emoção do enredo dialogam com algo que ela valoriza muito: conexões humanas verdadeiras.
Crush animal
Essa mesma essência a motivou a mergulhar em um novo formato: os realities. Em Crush animal, ao lado de Pedro Ottoni, Monique apresenta um experimento inusitado onde os participantes mascarados como animais buscam conexões além da aparência. "A grande sacada do programa é justamente essa: tirar o visual da equação e valorizar sentimentos, afinidades e valores. Foi feito com muito amor, e ver o carinho do público é gratificante demais."
Mas Monique não para por aí. Com estreia prevista para breve, ela também está à frente de Beach life, no Canal E!, um programa que mistura viagens, lifestyle e as paisagens cariocas. É uma forma de unir duas paixões: a comunicação e a vivência sensorial do Brasil real. "Gosto da ideia de criar conexões verdadeiras com o público. Seja falando de comportamento, cultura ou bem-estar, quero seguir explorando formatos que tenham a ver comigo."
A primeira experiência como apresentadora foi no Mestre do sabor, da Globo, onde Monique teve a oportunidade de conversar com os chefs e participantes nos bastidores. "Ali eu já senti o quanto essa troca direta com o público e com os convidados me encantava. Desde então, venho me aprofundando nessa área. Quero seguir investindo na carreira de apresentadora, explorando novos formatos, realidades e temáticas que tenham a ver comigo. Seja falando de comportamento, amor, cultura ou bem-estar, gosto da ideia de criar conexões verdadeiras com o público", adianta.
Sorte e privilégio
Ao olhar para as últimas duas décadas, Monique se emociona. "Tive a sorte e o privilégio de viver personagens muito diferentes entre si — algumas divertidas, outras densas, todas marcantes", diz. Entre a jovem patricinha Priscila de Malhação, a médica Érica de Cama de gato, a neta espirituosa de Susana Vieira em Cinquentinha, e agora a vilã Tamires, a atriz construiu uma trajetória pautada pela entrega e versatilidade. "Foi um crescimento enorme, não só como atriz, mas como mulher. E o mais bonito é perceber que ainda tenho muitos sonhos. Me sinto em constante evolução."
Essa busca por diversidade também molda sua atuação entre teatro, cinema e televisão. "Cada linguagem tem uma alma. No teatro, é o corpo e a voz vivos no agora. No cinema, o detalhe, o silêncio que fala. Na tevê, a rapidez e a precisão", reflete. "Entender o que cada personagem precisa e em qual universo ela está é um desafio delicioso." Monique ite que gosta de se adaptar a cada projeto, entender o que aquela personagem precisa e qual linguagem está sendo usada. "Acho que essa diversidade é o que me move como atriz. Me desafia e me mantém sempre em movimento", conclui.
Discreta fora das telas, Monique prefere deixar que sua arte fale por ela. Aos 39 anos, ela celebra não só os 20 de carreira — mas os muitos que ainda estão por vir. Porque, para ela, estar em movimento é a maior conquista.
Entrevista | Monique Alfradique
Você volta às novelas em Êta mundo melhor. O que te atraiu neste trabalho?
Êta mundo melhor é um presente! O que mais me atraiu nesse trabalho foi, primeiro, a força do texto do Walcyr Carrasco — ele escreve personagens femininas muito interessantes, com camadas, personalidade, reviravoltas… E a Tamires, minha personagem, tem tudo isso. A novela tem esse poder de entrar na casa das pessoas todos os dias, de fazer parte da rotina do público, e isso me encanta. É um projeto leve, com humor, emoção e uma história que tem tudo pra conquistar o coração do brasileiro. Estou feliz demais!
Como se sente em entrar em um projeto onde a maioria do elenco já entra integrado aos personagens interpretados antes?
Estar no elenco de Êta mundo melhor, que é uma continuação de Êta mundo bom, carrega uma responsabilidade muito grande, porque a primeira novela marcou época, teve personagens muito queridos pelo público e deixou uma memória afetiva forte. Eu encaro com muito respeito esse lugar. Também tem o lado da troca com o elenco que já viveu aquele universo antes, isso enriquece demais o processo. E o público, que já conhece esse cenário, vai encontrar algo novo e, ao mesmo tempo, familiar. Estou animada com essa mistura!
Qual a grande sacada do reality Crush animal, na sua opinião?
Acho que a grande sacada é justamente mostrar que, quando tiramos a aparência da equação, o que realmente importa são as conexões emocionais. Ao colocar os participantes mascarados como animais, o programa desafia os padrões tradicionais de namoro e nos convida a olhar além das aparências. É fascinante ver como as pessoas se conectam baseadas em afinidades, valores e sentimentos, sem saber quem está por trás da máscara.
Você acredita que o programa vai trazer alguma mensagem ou reflexão importante para o público?
Com o encerramento da primeira temporada, acredito que o programa deixa uma mensagem muito especial para o público: o amor verdadeiro vai além das aparências. Ao colocar os participantes mascarados como animais, o reality nos convida a enxergar além do visual e a valorizar conexões genuínas baseadas em afinidades, valores e sentimentos. Estou muito feliz com a repercussão positiva e com o carinho do público. Crush animal foi pensado com muito amor e dedicação, e ver que conseguimos tocar o coração das pessoas é gratificante
Você tem uma carreira diversificada em tevê, cinema e teatro. Como se prepara para cada mídia diferente?
Cada linguagem tem suas particularidades, e eu adoro transitar entre elas! No teatro, a preparação é mais intensa fisicamente e vocalmente, porque temos o desafio de estar ao vivo, com a energia do público ali na hora. Além dos ensaios longos, aquecimento, concentração total antes de subir ao palco. Na tevê, tudo acontece mais rápido. É preciso chegar com a personagem muito clara, bem construída, porque muitas vezes gravamos cenas fora de ordem e com pouco tempo de preparação. Já no cinema, o processo é mais detalhista, mais intimista até. Os silêncios dizem muito, os olhares, os gestos. Eu gosto de me adaptar a cada projeto, entender o que aquela personagem precisa e qual linguagem está sendo usada. Acho que essa diversidade é o que me move como atriz. Me desafia e me mantém sempre em movimento.
Este ano você completa duas décadas desde a estreia em novelas, em A lua me disse. Que balanço faz da sua trajetória?
É muito emocionante olhar para trás e perceber que já se aram 20 anos desde A lua me disse! Eu tenho um carinho enorme por esse início. Ao longo dessas duas décadas, tive a oportunidade de viver personagens muito diferentes entre si, algumas leves e divertidas, outras intensas e desafiadoras, e isso me trouxe um crescimento enorme, não só como atriz, mas como mulher. Olhando hoje, vejo uma trajetória construída com muito trabalho, dedicação e amor pela arte. Sou muito grata a cada personagem, a cada equipe, a cada aprendizado. E o mais bonito é perceber que ainda tenho muitos sonhos e vontade de seguir explorando novas possibilidades. Me sinto em constante evolução — e isso é o que mais me anima!
Como pretende investir na carreira como apresentadora?
Minha primeira experiência como apresentadora foi no Mestre do sabor, da Globo, onde tive a oportunidade de conversar com os chefs e participantes nos bastidores. Ali eu já senti o quanto essa troca direta com o público e com os convidados me encantava. Desde então, venho me aprofundando nessa área, e agora, além de Crush animal, também estou envolvida com Beach life, do Canal E!, um programa que será lançado em breve e que mistura lifestyle, viagens e as belezas das praias cariocas — tudo com leveza, informação e aquele clima delicioso de verão. Quero seguir investindo na carreira de apresentadora, explorando novos formatos, realidades e temáticas que tenham a ver comigo. Seja falando de comportamento, amor, cultura ou bem-estar, gosto da ideia de criar conexões verdadeiras com o público.
O que ter sido paquita representou para você?
Ser paquita foi uma das melhores experiências, principalmente porque eu ei minha adolescência trabalhando em algo que eu me divertia muito. Onde eu tive a oportunidade de experienciar palco, luz, esse contato com o público mais perto, além das grandes amizades que eu conquistei e que são até hoje muito queridas por mim, principalmente a Xuxa.